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Notícias
   
Stent Bioabsorvível
21/09/2011

 

Às 13:09 do dia 08, deu-se inicio no Hospital Dante Pazzanese, em São Paulo, a uma das cirurgias mais emblemáticas da cardiologia moderna. No centro cirúrgico, dois médicos e dois enfermeiros conduziam a operação de uma mulher de 66 anos,cuja artéria coronária direita sofria uma obstrução de 93%.  Realizava-se ali, sob o comando do cardiologista Alexandre Abizaid, o primeiro procedimento de desobstrução arterial coronária no país com um stent bioabsorvível- prótese que desaparece no organismo após normalizar o fluxo sanguíneo do vaso entupido. Ao longo de 45 minutos, o silêncio nos dois ambientes foi quebrado uma única vez, aos 36 minutos,quando a platéia suspirou de contaentamento ao ver, por meio de um monitor, a imagem do fluxo sanguíneo correndo sem obstáculos pela artéria doente. Era a confirmação de que a cirurgia para a implantação do stent havia sido bem-sucedida.

Desenvolvida  pelo laboratório Abott,sob o nome de Absorv, a nova prótese representa um avanço extraordinário no cenário da angioplastia- a desobstrução arterial feita por cateter,sem a necessidade de abrir o peito do paciente. Os primeiros stents forma desenvolvidos na década de 80 e são feitos e aço inoxidável. O Absorv é confeccionado a partir de ácido polilático, um material semelhante ao plástico,também utilizado em suturas. Ao contrário de seus antecessores,que permanecem nas artérias após o restabelecimento do fluxo sanguíneo, o Absorv se dissolve no organismo. O processo de absorção começa em apenas seis meses depois do implante. É o tempo necessário para que as artérias consigam permanecer abertas,sem auxílio. Com isso, é praticamente eliminado um dos principais efeitos colaterias dos stents convencionais. A prótese metálica produz em alguns pacientes um processo de cicatrização mais acentuado, oque pode causar nova obstrução. Mesmo os dispositivos mais avançados, que utilizam medicamentos para aplacar a cicatrização, os chamados stents farmacológicos, não conseguem evitar o processo de reentupimento em 5% dos pacientes. Estes,então, têm de ser submetidos, por exemplo,  à implatnação de um novo stent ou a uma cirurgia de ponte de safena ou mamária. Além disso, as próteses farmacológicas estimulam a formação de coágulos ( ou trombose) em 2 % do spacientes. O stent bioabsorvível reduz os casos de oclusão a cerca de 2% e os de trombose a zero.

A decomposição do prótese no organismo traz benefícios inéditos no tratamento de artérias obstruídas. O fato de ela desaparecer permite, por exemplo, que os vasos recuperem os movimentos naturaris de dilatação e contração. O stent convencional matem a região do vaso em que foi colocado “engessada” naquele único calibre,determinado no momento de sua implantação. “ Essa  imobilidade pode ser prejudicial em situações que requerem, por exemplo,maior aporte de sangue ao coração, o que só acontece quando a artéria se dilata”,diz Macus Bolívar Malachias,cardiologista da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. O Absorv permite,ainda,que os diagnósticos sejam feitos por tomografia, um exame não invasivo. As próteses de metal são incompatíveis com esse tipo de avaliação e, portanto, o estado dos pacientes tem de ser verificado por intermédio de cateterismo. O stent bioabsorvível consolida o avanço em relação às cirurgias de peito aberto,como as de ponte de safena ou mamárias. Hoje,sete em cada dez procedimentos cirúrgicos para desobstruir artérias são feitos com stents.com a nova prótese,de acordo com os especialistas, em dez anos a proporção será de nova angioplastias para cada cirurgia de peito aberto.

 

FONTE:REVISTA VEJA 17/08/2011