Embora necessário em quantidades adequadas para o nosso metabolismo, o Sódio é o "Grande Vilão" em qualquer política de prevenção e tratamento da Hipertensão Arterial e da Obesidade, duas patologias que têm uma conhecida influência na cardiopatia coronária.
Segundo a AHA, (American Heart Association – Associação Americana de Cardiologia), a quantidade de sódio que pode ser ingerida por dia por um indivíduo jovem e saudável é de até 2300 mg. Para os maiores de 50 anos, os diabéticos e/ou hipertensos essa quantidade é reduzida para 1500 mg.
As mudanças alimentares nos últimos anos, com a difusão de produtos processados, enlatados, pré-cozidos, congelados, molhos prontos, aperitivos, etc., em detrimento dos frescos ou preparados na hora, é um dos motivos principais do sensível aumento de consumo de sódio pela população em geral. A isto devemos acrescentar o aumento de refeições fora do ambiente doméstico, em restaurantes, lanchonetes, etc., onde, pela própria forma de preparação e conservação dos alimentos, as quantidades do mesmo tendem a ser superiores.
Este acréscimo na ingestão de sódio pode levar um indivíduo normal a ser hipertenso e um hipertenso a ser portador de uma hipertensão resistente, quando três anti-hipertensivos não são suficientes para controlar a PA destes pacientes.
Este elemento é o conservante mais utilizado pela indústria, na forma de diversos sais: cloreto, glutamato, bicarbonato, ascorbato, etc.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia vem se empenhando junto ao Ministério da Saúde e a Indústria na redução progressiva do conteúdo de sódio nos alimentos, fechando acordos para a diminuição do mesmo com metas específicas definidas para os próximos anos.
Embora a diminuição da quantidade de sal que é utilizada à mesa ou na cozinha seja muito importante, não é o suficiente. É fundamental verificar na embalagem a quantidade de sódio presente nos produtos adquiridos, atentando sempre ao fato de que geralmente estes valores são por porção individual, eventualmente menor daquela realmente ingerida numa refeição.
A seguir alguns exemplos de valores médios, ressalvando-se o fato de que existem variações em relação aos diversos produtores.
É bom fazermos uma pesquisa periódica na nossa própria despensa ou na gôndola do supermercado.
Nossa saúde agradece, e a de nossos pacientes também...
Fonte: www.cardios.com.br